O amor não tem roteiro, ele pode nascer das coisas mais
imprevisíveis e germinar nos lugares mais insólitos, tipo planta que nasce no
meio do asfalto.
Amor não tem fórmula, o amor é! Ele é aquilo que te faz ter certezas, que te
mostra novos caminhos, que fica com você quando todo mundo vai embora. Quem ama
sempre fica, quem diz que ama e vai embora, nunca amou. Quem ama abdica. Quem
ama esta disposto. Quem ama quer estar sempre perto. Quem ama encontra caminho
e da um jeito. Quem ama tem coragem de dizer o que sente. O amor é escolha, não
sacrifício. Foi Jean Paul Sartre que disse: ‘’ Somos completamente livres para escolher
nosso próprio rumo’’. Por isso, quem fica ama!
Esqueça tudo que te ensinaram sobre, '' ame alguém que te trate assim, que te de
isso, ou que faça aquilo''. Amores reais nem sempre vem com pacote completo,
aliás, ninguém vem. Precisamos cortar o cordão umbilical com toda essa historia
de alguém que venha para suprir toda a nossa carência de afeto. Não existe! Nem
a gente mesmo se supre 100%. Chega de
relações com padrões pré-estabelecidos, amar, é se apresentar sem embalagens.
Quantos ‘’bons amores’’ passam
batidos porque estamos esperando a mega sena acumulada do amor. Aquele
amor que tira o ar, que arrebata, a pessoa que nunca vai nos decepcionar, a felicidade
enlatada Hollywoodiana. Nos agarramos a esse tipo de amor como uma
espécie de Papai Noel que aguardamos de janeiro a dezembro e...que nunca chega,
e a gente se frustra e vai pra pista em busca do próximo e o próximo e o
próximo. Ai chega uma hora em que o amor fica cansado, cai fora, pede
as contas, e deixa você com sua incompletude auto-suficiente e as verdades que
ninguém te conta: Que o amor de verdade não é tão perfeito quando nos filmes de Hollywood. Existe a crise, existe a rotina e existem também os dias nublados. Não
tem lua de mel todo dia. Mas tem gente que fica, que se reinventa, que luta e
que faz valer à pena. Isso sim tem nome de amor. Sentimento que precisa ser
trabalhado dia sim e outro também.
Claro, a parte boa é
maravilhosa, mas o amor (mesmo), é de verdade todo o resto que ninguém nos
conta. Acredito mesmo que o amor vem para os distraídos. Ele está muitas vezes ali, na paisagem
infértil de pavimento impermeável, onde parecia não haver nenhuma possibilidade
de vida.
Temos muito o que aprender com as plantinhas que nascem no asfalto e paredes e
telhados de casas, porque assim como elas, essa é a beleza do amor, ser determinado
e persistente, desejando se manter vivo, sobrevivendo até mesmo nos lugares
aparentemente impossíveis, superando a dureza e a pesada bagagem das nossas
expectativas. Vamos deixar o amor livre desta obrigação, não existem amores
perfeitos , mas amores possíveis, de janeiro a dezembro.