Tudo pode acontecer, inclusive...Nada!

12 de abril de 2013

O mundo gira. A vida segue apressada. Correndo, voando. Não para nem para uma pausa pro cafezinho. Deveriam inventar maneiras de ler o jornal mais rápido, trocar a cor do esmalte a cada quatro dias, um rímel que não borrasse e aparecesse instantâneo em nossos cílios (por que dá um puta trabalho reaplicá-lo todos os dias de manhã). Um rosto eternamente com blush (o salvador da pátria de qualquer rosto cansado).  Frases prontas para todas as respostas que não sabemos, alguém que chame o elevador sempre que estamos atrasados. Fazer torradas antes de ir para a cama, namorar o sossego dos braços da cara-metade, escrever, ler um livro bom.

É bem verdade que a gente adia pequenas coisas por muito tempo, sem nenhuma explicação aceitável.  Um viver devagarinho, com uma preguiça aguda. Um bando de seres práticos, organizados, que respeitam regras e cumprem prazos. Do outro lado, não muito distante, uma gente selvagem, cujas decisões sobre qualquer coisa, são tomadas em seu próprio tempo e de acordo com suas próprias vontades. E...enquanto os práticos procuram cumprir todos os protocolos, essa gente selvagem só quer atender ao pedido do próprio coração. Só se interessa por fortes emoções, grandes surpresas e novidades intermináveis.

Por que o mundo não precisa ser sempre igual. Os dias não precisam passar de repente. Uma montanha russa que dura um dia inteiro, uma semana, um mês, uma vida. Um montão de tesão reprimido.
Prefiro ser essa gente, meio louca, meio afoita, que compra passagem só de ida e parcela  a  aposta de felicidade no cartão à perder de vista. Que mergulha na profundidade de escolher entre escrever uma vida normal ou simplesmente fugir do lugar comum. Que tem o privilégio de sentir o melhor do mundo e enxergar o valor das coisas pequenas. Por que a vida presta mais assim. E mesmo desse jeito, fico ainda na expectativa de que tudo pode acontecer....Inclusive nada.


Pensando fora da caixa

2 de abril de 2013

Silêncios pra sentir. Saudade pra lembrar. Cultivar os pequenos prazeres da vida. Dar importância ao que realmente importa, acrescenta e ao que faz bem. Reter o que é bom. Ignorar e abstrair as más vibrações da ignorância. Não ver a vida passar. Passar junto com ela. Levar a vida sem roteiros. Fazer o próprio caminho, a própria história, a própria sorte. Se encontrar nos caminhos tortos. Aprender com as asperezas. Ter sempre na bagagem leveza, brilho nos olhos e um sorriso largo. Alegria pra viver, poesia pra sorrir, metas pra seguir, fé pra enxergar. Sentindo, intuindo, perseguindo, evoluindo. Pensando fora da caixa.Se a vida se passa nas entrelinhas, então, é la que eu quero ficar.

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