Ao contrário do que muitos pensam, o oposto do amor é a indiferença e não o ódio. Ela é um vermezinho que corrói, dói, confunde e sufoca sem tocar. Foi Khalil Gibran que disse que é '' a metade da morte, ao contrário do desejo que é a metade da vida.''
A gente se acostuma com o sapato apertado, com o corte de cabelo que deu errado, a tomar café correndo por que está atrasado. Ao emprego que não gosta, mas precisa. Porque a gente sempre acha que tudo é uma questão de tempo. A gente só não se acostuma com a falta da voz ao telefone, do abraço apertado até quase sufocar, do sorriso engraçado, das conversas noturnas, das mãos pelo cabelo, das mensagens cheias de saudade. É tipo como morar num apartamento de fundos e não ter outra vista a não ser as janelas gastas do vizinho.
O silêncio a dois não incomoda, o que incomoda é o vazio das palavras de quem tem o que dizer mas prefere deixar passar. Amores perdidos no tempo que a gente precisa aprender a deixar ir, embora ninguém nunca tenha nos ensinado como.
Certos amores são como as roupas guardadas por muito tempo na gaveta. A gente
coloca no varal pra tirar o cheiro de mofo, deixa tomando sol mas não adianta,
não dá mais pra usar, ta surrada, ta manchada e as manchas não saem nem com todo vanish do mundo. Tem coisas que, de tanto tempo sem uso não se encaixam
mais no nosso jeito de ser. A vida é assim, tem umas que a gente vê e já sabe e outras que a gente esta
cansado de ver, mas nunca vai entender.
A gente tenta, pratica, até que desapega, mas fica sempre aquela
ponta solta, uma sobra.
Tem sobra na sua bolsa, tem sobra na sua cama, no seu peito e em tudo que te rodeia e não dá pra fazer uma 'Lipo' no amor, enxugar os excessos, tirar o que esta pesando, mas dá pra se refazer, sempre e de uma nova maneira. E se o amor nunca termina, então, ele continua de outras formas, em outros lugares, em outros romances.
Então deixa ir, cola um lembrete na porta da geladeira, escreve de batom vermelho no espelho, cria um mantra que é pra não esquecer de se permitir ser feliz outra vez. Talvez a felicidade esteja em seguir em frente. Porque todo mundo carrega um nózinho no peito e continua vivendo. A volta por cima é só a continuação. Sempre tem gente pra ocupar o lugar, a casa e o coração.
Tem sobra na sua bolsa, tem sobra na sua cama, no seu peito e em tudo que te rodeia e não dá pra fazer uma 'Lipo' no amor, enxugar os excessos, tirar o que esta pesando, mas dá pra se refazer, sempre e de uma nova maneira. E se o amor nunca termina, então, ele continua de outras formas, em outros lugares, em outros romances.
Então deixa ir, cola um lembrete na porta da geladeira, escreve de batom vermelho no espelho, cria um mantra que é pra não esquecer de se permitir ser feliz outra vez. Talvez a felicidade esteja em seguir em frente. Porque todo mundo carrega um nózinho no peito e continua vivendo. A volta por cima é só a continuação. Sempre tem gente pra ocupar o lugar, a casa e o coração.