Fome, amor e saudade.

17 de agosto de 2013


Carrego o mundo dentro de mim, tenho uma fome insaciável, possuo emoções que não me cabem.  Penso que podia ser diferente, mas fui premiada na roleta da sorte, predeterminada à intensidade! Tic tac, batendo no meu peito acelerado, descompassado. Nunca aprendi a domar o coração, mas fui feliz pra sempre, valeu a pena o esforço e a dor.

Dos amores que tive, uns foram-se, outros me tiveram por completo.
Das pessoas, umas partiram silenciosas e outras iluminadas.
Mas o tempo me ensinou e só ele, a não acreditar demais e nem desistir tão depressa.
Estão comigo as alegrias que cultivo, meus sonhos vividos e aqueles que virão. Amores antigos e os segredos mais íntimos.

Fora isso, carrego também a esperança que nunca desiste de brilhar pra mim, com pedrinhas furta-cor aonde deposito tudo de melhor. Como um saco sem fundo, onde cabem todos os sentimentos do mundo. Sem borda, sem beira, com espaço sobrando chamando pra entrar. Como um amor de verdade desses que deixa espaço só pra sentir saudade. E no fim de tudo, seja qual for o sentimento, o mais contraditório e absurdo, é tudo o que faz essa pele que me veste tão bem. Que me engole em um segundo, corpo, alma e coração.


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