EU NUNCA FUI NORMAL

17 de outubro de 2015



PLANEJAR VÁRIAS COISAS, mudar de cidade, emprego, de sonhos. Isso não temnada a ver com inconstância, mas com buscar o que nos faz feliz!
É claro que isso não se aplica a todos, falo de mim, porque vida estática nuncafoi muito a minha praia, eu até já tentei, mas dá comichão, ansiedade, dor de cabeça, insônia, enfados. Vida mergulhada em aspirina e cafeína.
Já me senti culpada por simplesmente ser incapaz de fazer o que todos fazem,focar numa única coisa e seguir uma rotina. Talvez ter muitos projetos e ideias nosdeixe mesmo sem um foco, mas no meu caso, em certa fase da minha vida essainquietação foi extremamente positiva, pois acabou me trazendo ao que me tornei,aumentou o meu campo de visão sobre tudo ao meu redor, me trouxe experiências euma variedade de coisas que eu jamais teria conhecido. Lugares, pessoas, culturas, aescolha de uma profissão que tem o meu jeito e projetos que me realizam.
Isso pode até parecer papo de quem já está com a vida ganha, mas foiexatamente sobre isso que comecei a pensar anos atrás: “Seria muita ambição quererfazer aquilo que o nosso coração pede? Qual teoria de vida seria assim tão maisimportante que a prática?”.
Se perder de si vez por outra faz parte da vida tanto quanto tomar café, isso éfato. Então, talvez o primeiro passo seja descobrir quem você é e o segundo, saber oque fazer com aquilo que descobriu. Quer coisa pior do que quando nos olhamos etemos a sensação de que não saímos do lugar? Aquele momento em que você percebeque falta algo, que não seguiu seu coração e jogou no lixo seus verdadeiros desejos.
Antes detudo, seguir o coração não significa abandonar tudo ou não ter umroteiro. É planejar algo que não te faça perder a vida, um caminho que você seidentifique e se enxergue nele. Então vá e saia do piloto automático, invista seu tempoem você, tenha um plano B, enquanto for necessário dedicar-se ao plano A. Se sernormal é fazer o que todos fazem, um monte de seres humanos em série, então, quetortura isso! Tenho amigos que preferiram seguir o caminho mais “prático” da coisa,aquele já pronto, já trilhado por outros e hoje amargam suas decisões precisandorecalcular a rota em busca do que realmente os realiza. Isso também é normal, já quevivemos em constante mutação.
As experiências que carregamos nos definem, elas são a gente nascendo para omundo. Talvez você não entenda isso, talvez as minhas ideias sejam só minhas. Tudoque sou hoje devo à minha inquietação, então se você também não é normal, tocaaqui! E se na busca por você ainda não houve resultados concretos, mas se mesmoassim, bem no fundo, você sentir a vida te convidar, então, gentilmente tire os sapatose entre. Respire fundo. O mundo não te deve nada, nem você a ele. Assuma seu jeito eseu tempo, ele está dentro de você. Sem precisar ser perfeito ou impressionar, quemsabe servir de inspiração para alguém já seja meio caminho para uma vida autêntica.

Boto fé!

POR: DRI ANDRADE


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