Do avesso

7 de outubro de 2013

É verdade que é preciso inspiração para escrever. Os pensamentos se transformam em letras e tudo aquilo que se vive, sente e vê se transforma em texto. Tudo explicado e definido nas pontas dos dedos. Melhor ainda quando se esta aninhada nos braços de quem se ama. Não ter letras é como a música tocada fora do compasso. Um oco no meio do peito, um excesso de espaço. É a falta de prosa, nem que sejam dois dedos dela. Andando na corda bamba sem saber pra que lado se jogar.

Mudar de tom, a gente vai mudando. Desperta pra dentro. Faz novas escolhas, entende as pausas. A gente apenas vai se continuando a cada passo novo. A cada nova história contada, a cada pessoa nova que o tempo traz pra dentro da vida da gente. A gente é isso. Um amontoado. Um monte de coisas guardadas esperando pra se mostrar. E ser. E acontecer.

A vida é movimento. A hora que não espera. 
Segunda chance é pra saber o que fazer com ela. Renascimento é pra saber fazer melhor. Humildade é exercício. Sorte, apenas questão de boas escolhas. Silêncio, a gente usa pra desfazer as confusões, aqui, dentro da gente.
Nunca gostei de felicidade instantânea.
Pra mim, a felicidade nunca veio fácil, nem barata, nem comprada. Ela é demorada, construída  e saboreada. Prefiro esperar com fome pelo prato cheio.

Felicidade é um embrulho com laço de fita que a vida dá e a gente tem que abrir. Tudo que a gente traz tem a intensidade do que a gente vive, algumas coisas a gente aprende a administrar na marra, outras....no riso. E nosso riso não é pra todos, é pra gente que merece.

É exatamente nas pequenas delicadezas que a gente vai ensaiando as notas, depurando, deixando as coisas fazerem sentido. Porque amar é ser do avesso o tempo inteiro.




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