O mesmo clichê de sempre

12 de outubro de 2013


Por que a tua cabeça maluca combina com a minha. No fundo somos dois anormais. Como fogo em brasas. Mas é um fogo estranho, que só queima pra gente. Você sabe, a gente entende.
Não te querer exige uma parte muito grande de mim.

A gente tem caminhos diferentes, sempre teve. Tenta aceitar isso de uma vez. Por que dessa vez não é como antes você sabe. Não adianta vir mexer em mim quando tudo tá um marasmo. Hoje o que eu gosto em você é só essa sensação de remeximento em mim, nas minhas coisas ocultas, mais nada.

E vê? Eu tô no meio dessa bagunça agora. Em toda bagunça do quarto, nessa bagunça da gaveta do meio. Quando tudo está certo eu até estranho. Por que você é louco e eu também sou. Porque a gente brinca com fogo e cutuca onça com vara curta.

Pra gente, não existe o ponto em que o silêncio basta. Não. É preciso encher o vazio. É sempre essa mania de não saber ir. E dessa vez não vou perguntar, porque você nunca tem resposta. Por que você sempre consegue inverter as coisas. Só que agora o silêncio é meu. Nessa nossa história não há vencedor. Depois de perder a razão a gente volta pra realidade, e a realidade é que a onça não precisa de vara curta pra te alcançar. Nunca precisou!




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