Muita coisa já foi dita sobre o amor e todos nós carregamos uma história bonita, tenha ela continuado ou não. E não importam os anos, o que foi de verdade simplesmente permanece. São histórias que a gente só se atreve a lembrar no silêncio do quarto. No silêncio da gente. Nas noites de insônia, quando pensamento vai longe e resolve abrir aquela caixa de lembranças daquele amor já amarelado pelo tempo, que decidiu não partir e acaba adormecendo dentro do peito. Mas só adormece.
O amor dói. Arde. Cura. Transforma e às vezes faz a gente chorar. Mas nada tira a beleza do amor, por que até doendo ele é bonito. Com todos os seus traços, rabiscos e partes enferrujadas. É tanta coisa que o amor pode conter. São tantas juntas e um emaranhado de sentimentos. É simplesmente um turbilhão que acontece sem precisar de palavras.
E quem nessa vida quer passar por ela sem ter vivido um amor
assim? Forte. Único. Daqueles que só você sabe a diferença que faz. Que fica marcado e que
te lembra o que é sentir todas as sensações possíveis de uma só vez. O amor. Do
jeito que ele é. Complicado e ao mesmo tempo tão simples. Que fere e que cura.
Te liberta e te prende. Fugaz e permanente. Que te mostra o mais bonito dessa vida tão inconstante e tão banalizada.
Você sabe que é amor quando ele te transborda, quando ele te transforma. Quando você se sente não cabendo num corpo só.
Às vezes ele fica ali, acomodado no sofá da sala...traçando o seu molde.
Você sabe que é amor quando ele te transborda, quando ele te transforma. Quando você se sente não cabendo num corpo só.
Às vezes ele fica ali, acomodado no sofá da sala...traçando o seu molde.
Amor que resolve não partir tem dessas coisas. Se sente à vontade dentro da casa. E o único
jeito é aceitar que teremos que conviver com ele como parte concreta de nós porque
a vida não vale à pena sem o amor preenchendo nossas lacunas. Só o amor nos
liberta de todos os nossos medos. Só ele nos dá vontade de seguir em frente, mesmo
fazendo latejar vez ou outra o coração da gente.