Mostrando postagens com marcador DESTAQUE. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador DESTAQUE. Mostrar todas as postagens

QUANDO TERMINA É PORQUE ACABOU!

27 de julho de 2016

Ao contrário do que muitos pensam, o oposto do amor é a indiferença e não o ódio. Ela é um vermezinho que corrói, dói, confunde e sufoca sem tocar.  Foi Khalil Gibran que disse que é '' a metade da morte, ao contrário do desejo que é a metade da vida.''
A gente se acostuma com o sapato apertado, com o corte de cabelo que deu errado, a tomar café correndo por que está atrasado.  Ao emprego que não gosta, mas precisa. Porque a gente sempre acha que tudo é uma questão de tempo.  A gente só não se acostuma com a falta da voz ao telefone, do abraço apertado até quase sufocar, do sorriso engraçado, das conversas noturnas, das mãos pelo cabelo, das mensagens cheias de saudade.  É tipo como morar num apartamento de fundos e não ter outra vista a não ser as janelas gastas do vizinho. 

O silêncio a dois não incomoda, o que incomoda é o vazio das palavras de quem tem o que dizer mas prefere deixar passar. Amores perdidos no tempo que a gente precisa aprender a deixar ir,  embora ninguém nunca tenha nos ensinado como.
Certos amores são como as roupas guardadas por muito tempo na gaveta.  A gente coloca no varal pra tirar o cheiro de mofo, deixa tomando sol mas não adianta, não dá mais pra usar,  ta surrada,  ta manchada e as manchas não saem nem com todo vanish do mundo.  Tem coisas que,  de tanto tempo sem uso não se encaixam mais no nosso jeito de ser.  A vida é assim, tem umas que a gente vê e já sabe e outras que a gente esta cansado de ver,  mas nunca vai entender.

A gente tenta,  pratica,  até que desapega,  mas fica sempre aquela ponta solta,  uma sobra.
Tem sobra na sua bolsa, tem sobra na sua cama, no seu peito e em tudo que te rodeia e não dá pra fazer uma 'Lipo' no amor, enxugar os excessos, tirar o que esta pesando, mas dá pra se refazer,  sempre e de uma nova maneira.  E se o amor nunca termina,  então,  ele continua de outras formas, em outros lugares, em outros romances.
Então deixa ir,  cola um lembrete na porta da geladeira, escreve de batom vermelho no espelho, cria um mantra que é pra não esquecer de se permitir ser feliz outra vez. Talvez a felicidade esteja em seguir em frente. Porque todo mundo carrega um nózinho no peito e continua vivendo. A volta por cima é só a continuação. Sempre tem gente pra ocupar o lugar, a casa e o coração.

EFEITO BORBOLETA

10 de julho de 2014

CHEGA UMA HORA em que a gente quer mudar.
Daí vem aquela vontade que não faz concessões, não respeita convenções, quepula peito afora quase nos expulsando da própria vida, como se fôssemos estrangeirosde nós mesmos. Sem sujeito, endereço nem predicado. Essa metamorfose queacontece de dentro para fora e de repente você se vê ali, sentada sentindo o cheiro docafé, ouvindo a música no rádio, sentindo fome de vida.Porque você não se ajusta bem com nada mais ou menos. É um inconformismo,
um desatino permissivo, e não precisa ser quando alguma coisa vai mal, pode serquando a geladeira está cheia e a cama arrumada. Quando as frutas estão novas,doces e amareladas. É só um efeito do tempo, simplesmente te implorando coragem. Ésó a vida te agarrando pelo braço e te dizendo: “Vai viver!”. É só porque você nãosuporta o marasmo e essa palavra quase lasciva chamada possibilidade que morde eassopra te faz como ninguém brilhar os olhos.
Porque você é dessas que desafia a correnteza, que arrisca as garantias, quesobe no palco e grita, que compra passagem só de ida e que dá conta de tudo nofinal...
Porque a gente quer saber até onde pode chegar. Um onde que tem mais a vercom as realizações do que com o ponto de chegada. A gente quer uma vida cheia de certezas, com uma fotografia impecável e trilha sonora perfeita, num desses efeitosborboleta em que tudo sai exatamente como o esperado.
A gente nunca sabe o que pode encontrar quando não estamos procurando pornada. Até que um dia a gente se dá conta que foi imensamente modificada.
Sempre há tempo pra virar a vida do avesso, quebrar os protocolos, começar aditar as regras. Sem medo de ser feliz. Sem medo de deixar aquele emprego que não realiza, aquele namorado que não encanta nem desencana e saber que há satisfação infinita em prazeres simples, como ficar em casa em plena sexta à noite, arrumando suas gavetas e devorando aquele livro novo ou fazer uma viagem sozinha, começar a trabalhar em casa. Saber que dá para ser feliz aos poucos, sem motivo aparente, sem momentos grandiosos nem circunstâncias favoráveis. Dá pra começar, terminar e parar com essa mania de ficar deixando pontas soltas, deixando tudo para a semana que vem. Melhor recompensa que o alívio de ter tentado, não tem.Então, por que em vez de passarmos o tempo todo nos boicotando, não fazemos as pazes conosco, tomamos um café, nos damos um abraço e seguimos em frente?

Auto Post Signature